Recife em Estado de Alerta: Paralisação do Metrô e Protestos Agitam a Cidade
A quinta-feira (14) amanheceu tensa na Região Metropolitana do Recife (RMR). Metroviários iniciaram uma paralisação de 24 horas, afetando milhares de passageiros que dependem do sistema para se locomover. A greve, organizada pelo Sindmetro-PE e apoiada pela FENAMETRO, tem como objetivo protestar contra a possível privatização do Metrô do Recife e cobrar investimentos do Governo Federal para modernização e manutenção do serviço.
Luiz Soares, presidente do Sindmetro-PE, enfatizou que a luta não é apenas por questões salariais, mas sim pela garantia de um transporte público de qualidade para a população. “Privatizar o metrô é aumentar tarifas, precarizar o serviço e excluir quem mais precisa dele”, declarou.
A paralisação coincide com a visita do presidente Lula a Pernambuco, o que intensifica a pressão sobre o governo. A partir de hoje, a capital pernambucana estará coberta por outdoors e painéis de LED com mensagens que questionam a postura do Governo Federal em relação ao futuro do metrô.
Protestos por Moradia Atingem Três Cidades da RMR
Simultaneamente à paralisação do metrô, movimentos por moradia realizam protestos em Recife, Olinda e Paulista. O MNLM e a OLMP interditaram importantes avenidas e rodovias, como a BR-101 e a PE-15, em protesto contra as metas do programa Minha Casa, Minha Vida – Entidades, consideradas insuficientes pelos manifestantes.
Os manifestantes se concentraram na Avenida Cruz Cabugá, em frente ao DER, onde o ministro das Cidades, Jader Filho, participará de um evento. A expectativa é que um documento com as reivindicações dos movimentos seja entregue ao ministro.
Paulo André, representante do MNLM, criticou a meta de construção de 20 mil unidades habitacionais para áreas urbanas e 30 mil para áreas rurais em todo o país, afirmando que o mínimo necessário seriam 200 mil unidades.
Impacto e Repercussão
A combinação da paralisação do metrô com os protestos por moradia causa transtornos significativos no trânsito e na rotina da população da RMR. A situação exige atenção das autoridades e um diálogo aberto entre governo e sociedade civil para encontrar soluções que atendam às necessidades de todos.