EUA Cancelam Reunião com Haddad Após Ação de Eduardo Bolsonaro
Uma reunião crucial entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, foi abruptamente cancelada, gerando controvérsia e acusações. O encontro virtual, agendado para discutir a sobretaxa de 50% imposta ao Brasil e outras questões comerciais importantes, foi cancelado apenas 12 horas após sua confirmação inicial.
Segundo informações, o cancelamento ocorreu após gestões do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto a seus interlocutores na Casa Branca e no Departamento de Estado americano. Embora Eduardo Bolsonaro negue interferência direta, o analista Lourival Sant'Anna, da CNN Prime Time, apurou que os contatos do deputado possivelmente influenciaram Dan Katz, chefe de gabinete do secretário do Tesouro.
Em entrevista à GloboNews, Haddad atribuiu o cancelamento à atuação de forças de extrema direita que mantêm interlocução com a Casa Branca, citando o deputado Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA. Em resposta, Eduardo Bolsonaro, em nota conjunta com Paulo Figueiredo, negou qualquer interferência e acusou Haddad de incompetência e Lula de inflamar a crise diplomática.
A reunião era vista como uma oportunidade crucial para discutir questões comerciais sensíveis entre os dois países e avaliar os impactos das tarifas sobre produtos brasileiros no mercado americano. O corpo técnico do Tesouro americano vinha mantendo conversas promissoras com os assessores de Haddad, mas o cancelamento foi caracterizado como uma decisão política, sem perspectivas de remarcação no momento.
O caso levanta questões sobre a influência de atores políticos na diplomacia e nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. O governo brasileiro ainda não se manifestou oficialmente sobre o cancelamento e seus possíveis desdobramentos.
Próximos Passos
- Anúncio do plano do governo contra o tarifaço permanece sem data definida.
- EUA planejam novas sanções ao Brasil, segundo Eduardo Bolsonaro ao Financial Times.
- Analistas apontam que EUA acenam para a China e cancelam reunião com o Brasil.