O governo de Donald Trump elevou o tom contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, com declarações contundentes reverberando no cenário político brasileiro. O subsecretário para Diplomacia Pública dos EUA, Darren Beattie, classificou Moraes como o "coração pulsante" da perseguição contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, acusando-o de restringir a liberdade de expressão. A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil também divulgou o comentário nas redes sociais.
Lei Magnitsky: Ameaça ou Blefe?
Essas declarações ganham força em meio à pressão de aliados de Bolsonaro nos EUA por sanções específicas contra Moraes, baseadas na Lei Magnitsky. Essa legislação, criada na gestão Obama, permite punições financeiras a estrangeiros acusados de corrupção grave ou violações de direitos humanos.
A aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes já gerou debates, com questionamentos sobre o enquadramento jurídico correto. No entanto, bolsonaristas afirmam que os obstáculos foram superados, alimentando expectativas de sanções iminentes.
Repercussão no Centrão: Descolamento do Bolsonarismo
Em meio a essa escalada, Michel Temer divulgou um vídeo pedindo diálogo e moderação, interpretado como um sinal de que o Centrão não pretende embarcar na estratégia de confronto com o STF e em aventuras externas com custo institucional para o país. Lideranças do Centrão demonstram desconforto com a radicalização bolsonarista e a tentativa de usar tarifas americanas como chantagem contra o STF.
A negativa do Centrão ficou evidente na decisão de Davi Alcolumbre de não interromper o recesso no Congresso e no impedimento da realização de comissões na Câmara, demonstrando um distanciamento da ofensiva bolsonarista.
O futuro das relações entre Brasil e EUA, e o impacto da Lei Magnitsky, seguem como incógnitas em um cenário político cada vez mais polarizado.