O Haiti, uma nação marcada por desafios históricos, pobreza e desastres naturais, celebra um feito notável: o retorno à Copa do Mundo após mais de 50 anos. A classificação para o Mundial de 2026 reacendeu a esperança e o orgulho em um país que enfrenta dificuldades diárias.
Uma paixão que resiste às adversidades
A paixão pelo futebol no Haiti é inegável. Mesmo em meio à pobreza e instabilidade política, o esporte se mantém como um símbolo de união e alegria. Eneck Louis, um haitiano que cresceu na década de 1970, recorda que, na falta de bolas, ele e seus amigos jogavam com laranjas, demonstrando a criatividade e o amor pelo futebol.
O terremoto de 2010 e a memória de Sanon
O terremoto de 2010, que devastou o país, também destruiu um mural em homenagem a Emmanuel Sanon, herói da última participação haitiana na Copa do Mundo, em 1974. Sanon é lembrado por ter marcado um gol contra a Itália naquela edição, quebrando uma invencibilidade de 1143 minutos do goleiro Dino Zoff.
Desafios e esperanças para 2026
Apesar da euforia pela classificação, a realidade do Haiti ainda preocupa. A violência de gangues que assola o país e as políticas de imigração dos Estados Unidos podem dificultar a participação de torcedores haitianos na Copa do Mundo. No entanto, a esperança permanece, impulsionada pela paixão pelo futebol e pela vontade de superar os obstáculos.
- A seleção haitiana aguarda o sorteio para conhecer seus adversários na fase de grupos.
- Jogar no Canadá ou no México seria um alívio, pois facilitaria a entrada de torcedores haitianos.
- A jornada do Haiti rumo à Copa do Mundo é uma história de resiliência e inspiração.
O retorno do Haiti à Copa do Mundo é mais do que um evento esportivo; é um símbolo de esperança e um lembrete da capacidade de superação do povo haitiano.