A ativista climática Greta Thunberg se viu no centro de uma polêmica em Veneza após um protesto radical que tingiu o famoso Grande Canal de verde. A ação, realizada pelo grupo Extinction Rebellion, tinha como objetivo chamar a atenção para os “efeitos massivos do colapso climático” e ocorreu no mesmo dia em que a COP30, em Belém, encerrava com um acordo considerado fraco por muitos.
O Protesto e suas Consequências
De acordo com a AFP, ativistas liberaram um corante ecológico em canais, rios, lagos e fontes de dez cidades italianas. Em Veneza, o pigmento transformou a água em um tom verde vibrante, enquanto uma faixa com os dizeres “Parem o Ecocídio” era exibida na Ponte Rialto. A ação resultou em multas e na proibição de Greta Thunberg e outros 36 integrantes do Extinction Rebellion de entrarem na cidade por 48 horas.
Investigação em Curso
O Ministério Público de Veneza abriu uma investigação contra Greta Thunberg e os demais ativistas por participação em manifestação não autorizada. Todos foram multados em 150 euros cada e impedidos de acessar o centro histórico de Veneza por dois dias. Apesar da polêmica, o protesto não causou interrupções na navegação nem danos ambientais, já que o corante utilizado não era tóxico.
Repercussão e Contexto
O Extinction Rebellion é conhecido por suas ações de desobediência civil em prol do clima, incluindo protestos em museus por toda a Europa. O protesto em Veneza ocorreu no dia do encerramento da COP30, evento que triplicou financiamentos e incluiu uma plataforma de cooperação, mas deixou de fora um mapa do caminho para abandonar os combustíveis fósseis, o que gerou críticas e frustração entre ativistas ambientais.
A ação de Greta Thunberg e seus companheiros em Veneza reacende o debate sobre as estratégias de protesto e a urgência de ações mais eficazes para combater as mudanças climáticas. Resta saber se a polêmica gerada pelo protesto trará a atenção necessária para as demandas dos ativistas e para a necessidade de políticas ambientais mais ambiciosas.