As ações da Rumo (RAIL3) sofreram um forte revés no Ibovespa, liderando as perdas após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025. O lucro líquido da empresa, que pertence ao grupo Cosan, apresentou uma queda de 7,6% em relação ao mesmo período de 2024, atingindo R$ 733 milhões. Este resultado, embora próximo das expectativas dos analistas, parece ter assustado o mercado.
Desempenho Financeiro Detalhado da Rumo
Apesar da queda no lucro líquido, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Rumo registrou um crescimento de 4,5% na base anual, totalizando R$ 2,31 bilhões. A empresa atribui este desempenho positivo ao aumento no transporte de carga geral na Operação Norte, impulsionado principalmente por celulose, bauxita e combustíveis líquidos. Houve também um aumento nos volumes de açúcar, fertilizantes e milho.
O Que Explica a Queda nas Ações?
Apesar do crescimento no Ebitda, a queda no lucro líquido parece ter pesado mais na avaliação dos investidores. Fatores como o aumento do endividamento e das taxas de juros podem ter contribuído para a reação negativa do mercado. A dívida líquida da Rumo encerrou o trimestre em R$ 14,9 bilhões, um aumento de 5,1% em relação ao ano anterior. O custo da dívida líquida também aumentou significativamente, totalizando R$ 616 milhões, 76,7% maior do que no ano anterior.
- Lucro líquido: R$ 733 milhões (queda de 7,6%)
- Ebitda ajustado: R$ 2,31 bilhões (crescimento de 4,5%)
- Dívida líquida: R$ 14,9 bilhões (aumento de 5,1%)
Diante desse cenário, a grande questão é: o que fazer com as ações da Rumo agora? A resposta depende da estratégia de cada investidor. Alguns podem ver a queda como uma oportunidade de compra, enquanto outros podem preferir esperar por uma recuperação mais consistente dos resultados da empresa. É crucial analisar os fundamentos da Rumo, o cenário macroeconômico e as perspectivas para o setor de logística antes de tomar qualquer decisão.