RJ em Caos: Ex-Ministro Detona Megaoperação! Entenda!

A recente megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 64 mortes, incluindo policiais, e na apreensão de 93 fuzis, gerou intensos debates sobre sua efetividade e impacto. Raul Jungmann, ex-ministro da Defesa e da Segurança Pública, questiona a ação, que paralisou diversos setores da cidade.

Críticas à Operação

Em entrevista, Jungmann criticou a operação, descrevendo-a como um "caos instalado em toda a cidade" com "péssima repercussão no noticiário internacional". Ele questiona se a ação realmente muda a realidade do Rio de Janeiro, expressando dúvidas sobre seu planejamento e efetividade.

Dependência de Blindados e Poder Bélico do Crime

O ex-ministro destacou a dependência de blindados do exército e o alto poder bélico alcançado pelo crime organizado, evidenciando a vulnerabilidade dos agentes durante os confrontos. O uso de drones pelos criminosos durante os confrontos trouxe uma nova dimensão.

Impacto na Rotina da Cidade

A operação causou uma paralisia significativa na rotina dos cariocas, com escolas suspendendo aulas e moradores permanecendo em suas casas. O clima de insegurança se espalhou por diversas áreas da cidade.

Jungmann avalia que operações isoladas, sem planejamento e fora de uma política estruturada de segurança pública, têm efeito nocivo e pouca efetividade, especialmente diante do poder bélico do crime organizado.

Papel do Governo Federal

Jungmann também critica a limitada atuação do governo federal na segurança pública, apontando que a estrutura constitucional brasileira restringe a capacidade federal de combater o crime organizado interestadual, criando um vácuo significativo.

Segundo ele, as polícias estaduais operam isoladamente, enquanto organizações criminosas atuam em diversos estados, necessitando de uma coordenação central efetiva para enfrentar os desafios transnacionais.

Título de Cidadão Baiano

Raul Jungmann recebeu o Título de Cidadão Baiano da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), proposto pelo deputado estadual Júnior Muniz, que destacou o legado do ex-ministro.

Antes da solenidade, Jungmann abordou a "Operação Contenção" no Rio de Janeiro, questionando se a vida do carioca está mais segura após a ação e se ela ataca as fontes de financiamento, armas e recrutamento do crime organizado. Ele conclui que a operação não modificou estruturalmente o quadro no Rio de Janeiro.

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