A proposta de tornar as aulas práticas para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) optativas tem gerado forte reação no Brasil. Uma pesquisa independente, encomendada pelo Sindicato das Autoescolas do Estado do Ceará (SindCFCs/CE), revela que 85% dos participantes da consulta pública do Ministério dos Transportes são contrários à medida. Apenas 10% apoiam a ideia, enquanto 5% sugerem alternativas como a redução da carga horária.
Rejeição Massiva à Proposta
Os dados preliminares da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) indicam uma tendência clara de rejeição à flexibilização da formação prática de condutores. A principal preocupação dos manifestantes é a segurança no trânsito e a legalidade da medida.
Protestos em São Paulo e Outras Capitais
Em São Paulo, proprietários de autoescolas realizaram um protesto na Ponte Octavio Frias de Oliveira, contra a proposta do governo federal de acabar com a obrigatoriedade de contratação de autoescolas para a obtenção da CNH. A manifestação, organizada pela Feneauto, Acesp e Sindautoescola, reuniu cerca de 200 veículos.
Outras capitais como Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, Manaus, Fortaleza e Recife também registraram mobilizações. A Feneauto classificou o ato como o "maior da história em defesa da formação responsável, dos empregos e da segurança no trânsito".
Argumentos Contra a Mudança
Os críticos da proposta argumentam que as aulas práticas em Centros de Formação de Condutores (CFCs), com instrutores credenciados e veículos equipados com duplo comando de freio, são essenciais para garantir a formação técnica e emocional dos novos motoristas. Tornar as aulas optativas, segundo eles, representaria um retrocesso na educação para o trânsito.
Apesar do argumento oficial de que a medida visa baratear o processo de emissão da CNH, os CFCs alertam para o risco de desemprego e fechamento de milhares de centros de formação em todo o país.