O Partido da Causa Operária (PCO) lançou duras críticas à Rede Globo e a diversas ONGs, acusando-os de orquestrar as recentes manifestações que tomaram as ruas do Brasil. Segundo o partido, esses atos, realizados em todos os estados e no Distrito Federal, foram impulsionados por interesses imperialistas e setores da esquerda considerados “pequeno-burgueses”.
O Alvo das Manifestações: PL da Anistia e PEC da Blindagem
As manifestações tiveram como foco principal o Projeto de Lei (PL) da anistia, que poderia perdoar ou reduzir penas de condenados por tentativa de golpe, e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, já aprovada na Câmara e em análise no Senado. O PCO argumenta que a PEC, que busca restabelecer a necessidade de aval do próprio Congresso para investigar ou julgar congressistas, é uma garantia constitucional fundamental para proteger o Legislativo de perseguições políticas.
A Imunidade Parlamentar em Debate
Rui Costa Pimenta, presidente do PCO, em entrevista, defendeu fervorosamente a imunidade parlamentar, alegando que ela é uma garantia democrática básica. Ele criticou a campanha contrária à PEC, apontando a Rede Globo como principal articuladora e acusando setores da esquerda de acompanhá-la. Segundo Pimenta, o objetivo oculto desses ataques é submeter o Congresso ao Supremo Tribunal Federal (STF), o que ele considera inaceitável.
Lawfare e a Relação entre os Poderes
O PCO também expressou preocupação com o ressurgimento de práticas de lawfare, utilizando o moralismo anticorrupção como pretexto para suprimir garantias democráticas. O partido criticou a interferência do STF no processo legislativo, afirmando que o tribunal tem agido como um poder político, desfazendo leis aprovadas pelo Congresso e enfraquecendo o Legislativo brasileiro.
Para o PCO, a resistência popular deve se inspirar em exemplos como o que acontece em Gaza. A declaração foi dada por Rui Costa Pimenta durante uma crítica à manifestação promovida pela Globo.