O feriado de 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil, foi marcado por manifestações diversas em todo o país. Em São Paulo, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram na Avenida Paulista, onde uma enorme bandeira dos Estados Unidos chamou a atenção. Os manifestantes pediam anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro e criticavam o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ministro Alexandre de Moraes.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, chegou a classificar Moraes como tirano durante o ato. Cartazes em inglês pediam intervenção do ex-presidente americano Donald Trump no cenário político brasileiro, demonstrando a complexidade e as diferentes perspectivas presentes nas manifestações.
Contagem de Público Diverge
Ainda em São Paulo, um levantamento realizado pela USP em parceria com outras entidades estimou a presença de 42.200 pessoas no ato da direita na Avenida Paulista. Em contrapartida, a manifestação da esquerda, ocorrida na Praça da República, atraiu cerca de 8.800 pessoas, segundo o mesmo levantamento. No Rio de Janeiro, a manifestação da direita reuniu 42.700 pessoas na Praia de Copacabana.
A metodologia utilizada para a contagem do público envolveu o uso de um software que analisa fotos aéreas por meio de inteligência artificial, buscando garantir maior precisão nos resultados. O estudo foi assinado pelo Monitor do Debate Político, entidade que reúne representantes do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e da organização não-governamental More in Common.
Desfile Cívico em Brasília e o Grito 'Sem Anistia'
Em Brasília, o tradicional desfile cívico de 7 de Setembro atraiu cerca de 45 mil pessoas à Esplanada dos Ministérios. O tema deste ano foi "Brasil Soberano", com destaque para a COP 30, que será realizada em Belém do Pará. Durante o evento, parte do público gritou "sem anistia" e "soberania não se negocia", demonstrando diferentes posicionamentos políticos presentes na sociedade brasileira.
Simultaneamente ao desfile, ocorreu o Dia dos Excluídos, com manifestações de movimentos sociais, sindicais, culturais e estudantis, sob o lema: “A vida em primeiro lugar – Cuidar da Casa Comum e da democracia é luta de todo dia”.
Análise Contextual
As manifestações do 7 de Setembro refletem a polarização política presente no Brasil e as diferentes visões sobre o futuro do país. É crucial analisar os eventos com rigor e pluralidade de vozes, buscando compreender as motivações e os anseios dos diferentes grupos que participaram das manifestações.