Drex Surpreende! Banco Central Abandona Blockchain? Entenda!

O Drex, a moeda digital brasileira, tem passado por transformações significativas. Inicialmente apresentado como uma CBDC (Central Bank Digital Currency) inovadora, com uso de blockchain e contratos inteligentes, o projeto tem sofrido alterações que levantam questionamentos sobre seu futuro.

Recuo da Tecnologia Blockchain

Uma das mudanças mais notáveis é o recuo no uso da tecnologia blockchain. Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, confirmou que a primeira versão do Drex não utilizará blockchain, justificando a decisão com desafios técnicos e preocupações com privacidade. Essa mudança representa um desvio da proposta original, que prometia um ecossistema financeiro descentralizado e interoperável.

Vanessa Butalla, diretora jurídica do Grupo 2TM/MB, considera compreensível a mudança, dada a dificuldade em implementar o nível de controle e visibilidade desejado pelo Banco Central em uma DLT (rede de registro distribuído). O BC busca uma estrutura onde possa supervisionar todas as transações, o que se mostrou desafiador em um ambiente descentralizado.

Privacidade e Controle

O Banco Central enfrenta o desafio de equilibrar a privacidade dos usuários com a necessidade de supervisão. A autoridade monetária busca uma solução que esconda as transações de todos, exceto dos participantes diretos e do próprio BC, mantendo a capacidade de reverter operações em caso de ordem judicial. Butalla sugere que os participantes poderiam fazer a gestão das informações e consolidá-las para registro, permitindo que o BC visualize as informações em blockchain sem expor cada parte individualmente.

O Futuro do Drex

Apesar das mudanças, o MB (Mercado Bitcoin) continua apostando no projeto do BC e seguirá como um dos 16 consórcios que trabalham no desenvolvimento da iniciativa. Butalla afirma que a mudança de tecnologia é um primeiro passo em um ambiente mais seguro, com o objetivo de evoluir no futuro. O lançamento, antes previsto para 2024, foi adiado para algo em 2026, e terá funções burocráticas como reconciliação de gravames.

Inicialmente, o Drex prometia inclusão financeira e investimentos fracionados. No entanto, o projeto tem se limitado a funções burocráticas e, com o adiamento e a mudança na tecnologia, seu futuro permanece incerto. A população brasileira, que aguardava ansiosamente a moeda digital, agora observa as mudanças com cautela e expectativa.

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