Bitcoin Sob Pressão: Correção ou Tendência de Queda?
O Bitcoin iniciou agosto sob forte pressão, acumulando perdas significativas após atingir um novo pico histórico em julho. A maior criptomoeda do mercado, que chegou a ser negociada a US$ 122.800, sofreu uma retração, sendo cotada a US$ 115.500. Analistas atribuem essa queda a uma combinação de fatores, incluindo a realização de lucros, incertezas regulatórias nos Estados Unidos e movimentações estratégicas de grandes investidores.
Na sexta-feira, o Bitcoin já havia aberto o mês com uma queda expressiva, sendo negociado em torno de US$ 113 mil. Essa instabilidade resultou na liquidação de mais de US$ 1 bilhão em posições alavancadas no mercado de criptoativos, intensificando as perdas no sábado, quando o ativo atingiu um valor mínimo de US$ 112.2 mil.
Entenda a Liquidação e o Impacto no Preço
Sarah Uska, analista de criptoativos do Bitybank, explica que a liquidação ocorre quando investidores vendem seus Bitcoins e os convertem em moedas fiduciárias tradicionais, como o dólar ou o real. O preço do Bitcoin é diretamente influenciado pela oferta e demanda: quanto maior a demanda, mais caro ele fica; e vice-versa. A recente onda de liquidações, portanto, contribuiu para a queda no preço.
Apesar da recente turbulência, o mercado de criptomoedas permanece dinâmico. Após uma queda durante o fim de semana, o Bitcoin tenta se recuperar, operando em alta. No entanto, dados fracos do mercado de trabalho dos EUA ainda geram pessimismo. Segundo o CoinGecko, o bitcoin subiu 0,8% em 24 horas, cotado a US$ 114.517.
O Que Esperar do Futuro?
Apesar da queda recente, Sarah Uska observa que o índice de sentimento do mercado permanece em zona neutra, e indicadores on-chain sugerem que a baixa pode ser de curto prazo. Ela destaca que a pressão vendedora tem vindo, em grande parte, de especuladores de curto prazo, mais sensíveis às oscilações diárias de preço. Além disso, observa-se uma retirada estratégica de capital das exchanges, possivelmente em direção a ativos mais conservadores ou stablecoins, como forma de proteção em um cenário ainda incerto.
Guilherme Prado, da Bitget, aponta que o preço do BTC se mantém acima da média móvel de 50 dias, indicando um suporte relevante. O cenário atual sugere uma consolidação, com a possibilidade de um teste de suporte entre US$ 111.500 e US$ 112.000.