O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, declarou nesta quinta-feira (31) que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está disposto a conversar com Donald Trump, mesmo após o anúncio de novas tarifas que impactarão as exportações brasileiras para os Estados Unidos. Alckmin fez a declaração durante sua participação no programa Mais Você, da TV Globo.
“O Presidente Lula está aberto ao diálogo. Conversa de presidente precisa ser preparada. Lula está aberto ao diálogo. Se depender dele, o diálogo era ontem. Mas isso precisa ser preparado. Não criamos o problema, mas estamos prontos para resolvê-lo”, afirmou Alckmin, demonstrando a proatividade do governo brasileiro em buscar uma solução para a questão.
Segundo Alckmin, aproximadamente 35% da pauta exportadora do Brasil para os EUA será diretamente afetada pelas novas tarifas. Ele ressaltou que 45% das exportações brasileiras foram incluídas na lista de exceções de Trump, enquanto os 20% restantes, compostos por aço, alumínio e automóveis, já sofrem sobretaxas aplicadas a diversos países, não sendo uma medida exclusiva contra o Brasil.
“Vamos nos debruçar nesses 35%, preservar emprego, a produção e avançar em mercados. A negociação não acabou hoje, ela começa hoje”, enfatizou o vice-presidente, demonstrando otimismo em relação à possibilidade de reverter ou mitigar os impactos negativos das tarifas.
Plano de Contingência em Ação
Alckmin também informou que o plano de contingência para auxiliar os empresários afetados pelas tarifas está praticamente finalizado, com foco na preservação do emprego e da produção. A decisão final sobre a implementação do plano caberá ao Presidente Lula.
“Ninguém vai ficar desamparado”, garantiu Alckmin, transmitindo uma mensagem de segurança aos empresários brasileiros. O governo busca que o plano tenha o “menor impacto fiscal possível”. Alckmin mencionou que esses gastos poderão ser excluídos do cálculo da meta fiscal, assim como as despesas relacionadas às enchentes no Rio Grande do Sul.
O governo brasileiro busca, através do diálogo e de medidas de apoio, minimizar os efeitos das tarifas americanas e garantir a competitividade da indústria nacional no mercado internacional.