O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou medidas enérgicas para evitar a repetição dos eventos de 8 de janeiro, citando inclusive Adolf Hitler em sua decisão. A medida visa impedir a formação de novos acampamentos golpistas na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Decisão Radical: Fim dos Acampamentos
Moraes proibiu expressamente qualquer ocupação ou obstrução da Praça dos Três Poderes, enfatizando que a tentativa de replicar os acampamentos que antecederam os ataques de 8 de janeiro exige uma resposta proporcional do Estado. Segundo o ministro, não se pode negociar o Estado Democrático de Direito, e repetir o erro de permitir a organização de acampamentos golpistas seria inadmissível.
Alerta Nazista: Lições da História
Em sua decisão, Moraes fez uma analogia histórica impactante, citando Adolf Hitler. Ele argumentou que a omissão de agentes públicos diante dos atos de 8 de janeiro lembra a “ignóbil política de apaziguamento”, referindo-se ao fracasso do acordo da Inglaterra com a Alemanha nazista antes da Segunda Guerra Mundial. Para o ministro, a democracia brasileira foi gravemente atacada, e a vigilância constante é crucial.
Reabertura Gradual e Vigilância Contínua
O governo do Distrito Federal planeja uma reabertura gradual da Praça dos Três Poderes, que foi cercada e patrulhada pela polícia militar desde sexta-feira (25). A intenção é liberar pelo menos um acesso neste domingo (27), permitindo que turistas vejam os atrativos do local, como a Casa do Chá. No entanto, a reabertura completa depende da avaliação dos setores de inteligência, que monitoram possíveis convocações para o local nas redes sociais.
Repercussão e Contraponto
A decisão de Moraes gerou diversas reações. Parlamentares do PL (Partido Liberal) haviam montado um acampamento no local em protesto contra as restrições impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em resposta, o ministro determinou a desocupação imediata da praça e proibiu acampamentos em um raio de um quilômetro da área, incluindo quartéis generais.
A medida visa garantir a segurança e a ordem pública, prevenindo a repetição de atos que possam ameaçar a democracia brasileira. A vigilância e a resposta rápida das autoridades são consideradas essenciais para evitar novos episódios de violência e desrespeito às instituições.