Uma juíza federal da Flórida negou um pedido para divulgar documentos adicionais do grande júri na investigação criminal de Jeffrey Epstein, marcando um revés nos esforços para aumentar a transparência sobre o caso. A decisão surge após pressão de apoiadores de Donald Trump, que exigem novas investigações e se distanciam do presidente americano através do movimento MAGA (Make America Great Again).
O que está em jogo?
O governo Trump havia solicitado a divulgação das evidências sigilosas sob o argumento de "amplo interesse público", mas a juíza Robin Rosenberg argumentou que, como a solicitação não fazia parte de um processo judicial padrão, suas "mãos estão atadas".
Na semana passada, o próprio Trump pediu à procuradora-geral Pam Bondi para apresentar uma moção para revelar as evidências até então secretas. O depoimento do grande júri que o departamento busca divulgar representa apenas uma pequena fração dos milhares de documentos relacionados à investigação e ao processo criminal de Epstein.
Trump alertado sobre menção em arquivos
O Wall Street Journal reportou que a procuradora-geral Pam Bondi e seu vice informaram a Trump em maio que seu nome constava nos arquivos de Epstein. A Casa Branca respondeu à reportagem, classificando-a como "fake news" inventada por democratas e pela mídia liberal.
O que esperar?
A juíza ordenou a abertura de um novo caso como "uma questão de interesse público", dado que o processo ainda está sob sigilo. No início do mês, o Departamento de Justiça declarou não haver evidências de uma "lista de clientes" de Epstein ou que ele tenha sido assassinado, e afirmou não pretender divulgar novos documentos.
A saga Epstein continua a gerar controvérsia, com implicações políticas e sociais de grande alcance. O debate sobre a transparência e a responsabilização no caso permanece aceso.