A recente cúpula dos BRICS no Rio de Janeiro, nos dias 6 e 7 de julho, apresentou um cenário inesperado: a ausência de líderes importantes. O presidente russo, Vladimir Putin, participou remotamente devido a um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI). Já o líder chinês, Xi Jinping, faltou a uma cúpula dos BRICS pela primeira vez, sem justificativa oficial. O presidente do Irã também não compareceu.
Rio Quer Ser a Sede Permanente dos BRICS
Em contrapartida, a prefeitura do Rio de Janeiro, liderada por Eduardo Paes, formalizou ao presidente Lula a proposta para que a cidade se torne a sede permanente do bloco. A ideia é oferecer o emblemático prédio do Jockey Club Brasileiro, projetado por Lúcio Costa, com seus 83,5 mil metros quadrados.
A prefeitura argumenta que a iniciativa traria visibilidade internacional, fortaleceria a imagem global do Rio e geraria empregos e investimentos estrangeiros. Paes afirmou que a cidade está pronta para receber os representantes dos países-membros e proporcionar a infraestrutura necessária para o avanço das discussões do grupo.
O Que Significa o Esvaziamento da Cúpula?
Apesar das ausências notáveis, a Declaração de Líderes foi divulgada, demonstrando o alinhamento do Brasil com as pautas defendidas pelo bloco. O documento aborda temas como a cooperação entre os membros e a busca por uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU para Brasil e Índia, embora este último ponto não tenha obtido consenso total.
O BRICS, composto por 11 países (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã), representa 46% da população mundial e 37% do PIB global. A busca por uma sede permanente no Rio de Janeiro pode representar um novo capítulo na história do bloco, mesmo diante dos desafios geopolíticos e das ausências que marcaram a recente cúpula.
- Visibilidade internacional para o Rio de Janeiro.
- Geração de empregos e investimentos estrangeiros.
- O BRICS busca se consolidar como um ator relevante na governança global.