O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para anexar documentos relacionados ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, à ação que investiga a tentativa de golpe. Moraes justificou sua decisão afirmando que não permitirá “tumulto processual” com o objetivo de atrasar o andamento do processo.
Moraes é enfático: Processo seguirá sem atrasos
"Conforme já ressaltado inúmeras vezes, não será admitido tumulto processual e pedidos que pretendam procrastinar o processo. O curso da ação penal seguirá normalmente, e a Corte analisará as questões trazidas no momento adequado", declarou Moraes.
Encontro em SP: Versão do Advogado de Bolsonaro
O advogado de Jair Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, apresentou sua versão sobre um encontro na Sociedade Hípica Paulista, revelado por Mauro Cid. Segundo Cid, o encontro seria uma tentativa dos advogados de Bolsonaro (Bueno, Fábio Wajngarten e Eduardo Kuntz) de influenciar sua defesa nas investigações da trama golpista.
Pedido do Pai de Cid: O Início da História
Bueno afirma que tudo começou com um pedido do pai de Cid, o general Lourena Cid, para que Wajngarten conseguisse inscrever a neta em um torneio da hípica, um evento concorrido. O advogado alega ter ajudado a conseguir a vaga devido à amizade de Wajngarten com a família de Cid.
Um Encontro Breve e Amistoso?
"A Sra. Agnes dirigiu-se ao peticionário, agradecendo-lhe pela colaboração com a inscrição da neta e relatando que a participação e vitória da neta no torneio estavam sendo extremamente alentadoras, diante de um momento familiar tão sofrido", relata Bueno. Ele descreve o encontro como breve, amistoso e protocolar, negando qualquer discussão sobre a delação de Cid.
A defesa de Bolsonaro busca demonstrar que não houve intenção de interferir na delação de Cid, apresentando o encontro como um gesto de cortesia em um momento difícil para a família do ex-ajudante de ordens.