O guitarrista e vocalista da banda Raimundos, Digão, gerou uma onda de indignação nas redes sociais ao comentar de maneira considerada irônica e desrespeitosa a trágica morte da brasileira Juliana Marins, que faleceu após cair de um penhasco no Monte Rinjani, na Indonésia.
A controvérsia surgiu após Digão compartilhar em suas redes sociais uma imagem da mochila utilizada por Juliana durante a trilha. A mochila continha um adesivo com a frase “Ele não” – um símbolo amplamente associado ao movimento de oposição a Jair Bolsonaro, que ganhou grande popularidade durante as eleições de 2018. Na legenda da publicação, Digão minimizou a tragédia e insinuou uma possível responsabilidade do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, no ocorrido.
A legenda controversa dizia: “Quando mundo dá a volta, não adianta chorar e fingir surpresa… #ELESIM mandou o f*da-se pra vocês”. A publicação, que rapidamente se espalhou pelas redes sociais, provocou uma enxurrada de críticas e reações negativas por parte dos internautas.
Repercussão nas Redes Sociais
A grande maioria dos usuários da internet condenou a atitude de Digão, classificando a postagem como insensível, desrespeitosa e cruel, especialmente considerando o luto da família de Juliana Marins. “Uma vergonha pro cenário musical brasileiro”, comentou um usuário na plataforma X (antigo Twitter). Outro internauta adicionou: “Não há respeito sequer com a família que está num momento difícil. Digão deveria ganhar é um processo nas costas”.
As críticas foram contundentes e expressaram forte repúdio à postura do músico. Um terceiro usuário desabafou: “Bolsonarista Digão, da banda Raimundos, atacou Juliana Marins, vítima de um acidente fatal em um vulcão na Indonésia. Um verdadeiro canalha! Lixo humano!”.
Felipe Solari se Manifesta
O ator e apresentador Felipe Solari também se manifestou publicamente sobre o caso, traçando um paralelo entre os ex-integrantes da banda Raimundos: “Quando eu olho pra Digão e Rodolfo do RAIMUNDOS. Fica claro pra mim, quem seguiu um caminho de luz e paz, e quem seguiu um caminho nublado. E não to falando de política não… tô falando de escolha e visão de vida”.
A declaração de Solari sugere uma reflexão sobre as escolhas pessoais e a postura de vida de cada um, contrastando a trajetória de Digão com a de Rodolfo, outro ex-integrante da banda. O caso continua gerando debates e discussões acaloradas nas redes sociais, levantando questões sobre limites do humor, respeito ao luto e polarização política.
Outras Controvérsias Envolvendo o Caso
Além da polêmica envolvendo Digão, o caso da morte de Juliana Marins tem gerado outras controvérsias. Uma testemunha revelou possíveis problemas com a agência de turismo responsável pela trilha, e a família de Juliana Marins afirmou ter tomado conhecimento do resultado da autópsia através da imprensa, classificando o fato como “mais um absurdo”. Esses detalhes adicionais contribuem para a complexidade e a repercussão do caso, que segue em investigação.
A atitude de Digão, ao politizar a tragédia e desrespeitar a memória de Juliana Marins, reacendeu o debate sobre a responsabilidade de figuras públicas nas redes sociais e os limites da liberdade de expressão. O caso serve como um lembrete da importância de se ter empatia e respeito ao lidar com momentos de luto e dor, evitando a propagação de discursos de ódio e polarização.
Em um momento em que as redes sociais se tornaram um espaço de debate e expressão, é fundamental que os usuários, especialmente aqueles com grande visibilidade, usem suas plataformas de forma consciente e responsável, promovendo o respeito, a tolerância e a empatia.