Corinthians e Igor Coronado: Um Divórcio Milionário
O Corinthians e o meio-campista Igor Coronado chegaram a um acordo para a rescisão contratual, pondo fim a uma passagem que prometia muito, mas que se tornou um fardo financeiro para o clube. A rescisão, finalizada após negociações intensas, representa um alívio para os cofres corintianos, mas também levanta questões sobre a gestão de contratações e finanças do clube.
As negociações, lideradas por Osmar Stabile e Armando Mendonça, culminaram com o Corinthians se comprometendo a pagar as pendências financeiras em 18 parcelas. O montante devido gira em torno de R$ 8 milhões referentes a luvas atrasadas ao jogador e cerca de R$ 1,8 milhão relativos à comissão atrasada do empresário do atleta, Rafael Brandino.
Alívio Financeiro e Riscos Evitados
A gestão interna do Corinthians, que assumiu após o afastamento de Augusto Melo pelo Conselho Deliberativo, conseguiu reduzir um passivo de aproximadamente R$ 17 milhões, valor que Coronado teria a receber até o final do contrato em fevereiro de 2026, além da dívida atual. Esta medida evita potenciais disputas judiciais, tanto na Justiça brasileira quanto na FIFA, e alivia a folha salarial do clube.
Coronado representava um custo mensal de R$ 2 milhões. Com o parcelamento aceito pelo jogador, que demonstrou desde o início o desejo de uma saída amigável, o Corinthians reduziu esse custo em 25%.
Desempenho em Campo e Insatisfação
Com a camisa do Timão, Coronado disputou 67 jogos, marcando sete gols e dando cinco assistências. A principal razão para a busca da rescisão foi o incômodo do meia com as poucas oportunidades recebidas em campo.
O jogador se despedirá dos companheiros e da comissão técnica neste sábado, antes de assinar a rescisão contratual. O acordo foi conduzido de forma rápida e cordial, demonstrando a vontade de ambas as partes em resolver a situação da melhor maneira possível.
A Crise Financeira Corintiana
Contratado no início de 2024, Igor Coronado chegou ao Corinthians com status de principal reforço, sob a gestão de Augusto Melo. Seu contrato previa salários mensais de R$ 2 milhões e o pagamento de luvas parceladas, totalizando R$ 9 milhões. No entanto, a realidade financeira do clube transformou rapidamente essa relação em uma crise.
Segundo o jornalista Samir Carvalho, o jogador propôs rescindir o contrato mediante o pagamento de metade do valor a que teria direito até o fim do vínculo. O principal entrave da negociação era a dívida acumulada com o atleta, que girava em torno de R$ 10 milhões, incluindo luvas e comissões de empresários.
Problemas Além de Coronado
A situação do Corinthians não se limita ao caso de Coronado. Outros jogadores também relatam atrasos, inclusive no pagamento de premiações por metas atingidas em 2024, como a classificação à Libertadores e conquistas no Paulistão e na Copa do Brasil. Há relatos de que parte da comissão técnica de Ramón Díaz também não recebeu valores acordados.
A rescisão de Coronado é um sintoma da crise financeira que assola o Corinthians, exigindo uma reavaliação da gestão de recursos e contratações para garantir a sustentabilidade do clube a longo prazo.
- Alívio financeiro: Redução de custos e prevenção de litígios judiciais.
- Insatisfação do jogador: Poucas oportunidades em campo.
- Crise financeira: Atrasos em pagamentos de salários e premiações.