Ibovespa: Ajuste Pós-Copom e Influências Globais

O Ibovespa experimenta um dia de ajuste, operando em queda e na contramão dos mercados americanos. A menor liquidez, combinada com o vencimento de opções sobre ações, contribui para a volatilidade. A recente decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, atingindo 15% ao ano, parece ter influenciado o movimento.

Cenário Interno: Ajuste Técnico?

Operadores do mercado interpretam o recuo do Ibovespa como um ajuste técnico, influenciado pela expectativa de que o ciclo de alta da Selic esteja próximo do fim. A comunicação do Banco Central sinaliza uma possível interrupção no aperto monetário, a menos que o cenário econômico apresente deterioração significativa.

Desempenho das Blue Chips

O desempenho negativo da maioria das blue chips, como Vale (-0,98%) e Santander (-1,03%), exerce pressão sobre o índice. Em contrapartida, as ações preferenciais da Petrobras registram alta de 0,18%, atenuando parcialmente as perdas.

Cenário Externo: Tensões Geopolíticas e Expectativas sobre Juros nos EUA

Investidores monitoram de perto os desdobramentos da guerra entre Israel e Irã. Declarações da Casa Branca sobre a possibilidade de um ataque ao Irã nas próximas semanas aumentam a incerteza. Nos Estados Unidos, o mercado acompanha as expectativas de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed). Um diretor do Fed sinalizou a possibilidade de considerar um corte de juros já na reunião de julho, em resposta aos dados de inflação.

  • Ibovespa: -0,87%, aos 137.508,77 pontos (mínima do dia)
  • S&P 500: +0,37%
  • Dólar Comercial: R$ 5,48 (em recuo)

Além disso, a Suíça fechou temporariamente sua embaixada no Irã devido à instabilidade na região, demonstrando a escalada das tensões geopolíticas. A Petrobras realizou o pagamento da segunda parcela da remuneração aos acionistas referente a dezembro, impulsionando suas ações.

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