Professores de Neuquén, Argentina, que atuam em escolas dentro de unidades prisionais, denunciam uma onda de sanções e medidas de intimidação em meio a protestos por melhores condições de trabalho. A situação se agrava com a deterioração da infraestrutura das escolas, colocando em risco a segurança e a saúde de educadores e alunos.
Paralisação e Reivindicações
Há mais de um mês, os professores estão em greve, buscando visibilizar as falhas estruturais, sanitárias e de segurança que comprometem o ensino dentro das unidades de detenção. As principais queixas incluem:
- Infiltrações e problemas elétricos.
- Falta de mobiliário adequado.
- Sistemas de calefação danificados.
Os educadores também exigem a criação de um protocolo efetivo de convivência e segurança, crucial para garantir o desenvolvimento normal das atividades pedagógicas em um ambiente tão delicado.
Sanções e Denúncias
A situação se intensificou após a sanção imposta ao diretor do Centro de Formação Profissional N.º 41 (CFP N.º 41), Renato Schincariol. Docentes de três estabelecimentos diferentes manifestaram repúdio à medida, considerando-a um ato de intimidação em meio ao conflito prolongado. Segundo eles, a sanção, decretada pelo Diretor da Modalidade, Hugo Crljenko, representa uma tentativa de silenciar aqueles que defendem a educação pública em contextos de privação de liberdade.
Os professores argumentam que, em vez de atender às demandas por melhores condições de trabalho, as autoridades estão optando por sanções que visam enfraquecer a organização docente e sua capacidade de denunciar as irregularidades.
Apelo por Emergência Educacional
Os educadores clamam pela declaração de emergência educacional nas prisões do interior de Neuquén, visando a liberação de recursos para a reforma e manutenção das escolas. Eles também exigem a anulação imediata da sanção imposta ao diretor do CFP N.º 41 e o fim das medidas de amedrontamento contra os docentes.