O dólar fechou abaixo de R$ 5,40 nesta segunda-feira (24), reagindo às expectativas de corte de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro. A moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 5,3951, com uma queda de 0,13%. No acumulado de 2025, o dólar já registra perdas de 12,69%.
Impacto das Declarações do Banco Central
No Brasil, as declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, também influenciaram o comportamento da moeda. Em evento da Febraban, Galípolo enfatizou que o BC ainda não está satisfeito com o patamar atual da inflação, que permanece acima da meta de 3%. Ele ressaltou que essa é a razão pela qual as taxas de juros permanecem em níveis restritivos.
"Gostaríamos que a inflação estivesse convergindo mais rápido, mas existe um custo, um trade-off para fazer isso", afirmou Galípolo, segundo a agência Reuters.
Projeções de Inflação em Queda
Pela segunda semana consecutiva, a projeção para a inflação de 2025 no Brasil está abaixo do teto da meta. O boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (24), aponta que o mercado financeiro espera que o ano termine com o IPCA em 4,45%.
A melhora na previsão ocorre após o resultado da inflação de outubro (0,09%), o menor para o mês desde 1998. A inflação acumulada em 12 meses, finalizando em outubro, ficou em 4,68%.
Revisões do Boletim Focus
- IPCA 2025 (4 semanas atrás): 4,56%
- IPCA 2025 (semana passada): 4,46%
- IPCA 2026: 4,18%
- IPCA 2027: 3,80%
Atualmente, a Selic, taxa básica de juros, está em um patamar elevado, refletindo a política de combate à inflação do Banco Central.
Dólar Abre em Queda na Terça-feira
Na terça-feira (25), o dólar abriu em queda, seguindo a tendência observada no mercado internacional. Investidores continuam a avaliar a probabilidade de cortes de juros pelo Fed em dezembro.
Às 11h03, a moeda americana registrava queda de 0,41%, cotada a R$ 5,371. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a outras seis divisas, recuava 0,22%. A Bolsa apresentava alta tímida de 0,10%, atingindo 155.435 pontos.
As atenções do mercado doméstico permanecem voltadas para as agendas das autoridades, com destaque para a participação de Galípolo em audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.