COP30: Brasil no Centro do Combate Climático! Empresas Vão Investir?

A COP30, que será realizada em Belém, Pará, coloca o Brasil no epicentro das discussões sobre o futuro da economia global e a transição para uma economia de baixo carbono. Uma pesquisa recente da Ipsos revelou que 64% dos brasileiros defendem que empresas e indústrias destinem parte de seus lucros para financiar ações de combate às mudanças climáticas.

A Opinião dos Brasileiros e o Financiamento Climático

O estudo “Atitudes em relação à COP30”, realizado em 30 países, com 23,7 mil entrevistados, aponta um forte apoio no Brasil a reparações financeiras de países desenvolvidos às nações mais afetadas pelas mudanças climáticas. No entanto, a opinião sobre a eficácia da conferência em si permanece dividida.

No Brasil, 70% dos entrevistados acreditam que as empresas priorizam o lucro em detrimento das preocupações ambientais, um número ligeiramente superior à média global de 69%. Além disso, 59% dos brasileiros defendem que os países desenvolvidos devem fornecer reparações financeiras às nações mais afetadas pelos desastres climáticos, superando a média global de 55%.

Desafios e Oportunidades para o Brasil na COP30

A COP30 representa uma oportunidade crucial para o Brasil consolidar sua liderança na transição global para uma economia de baixo carbono. O país possui condições únicas para integrar diversas frentes estratégicas, incluindo biocombustíveis, bioeconomia e soluções baseadas na natureza (NbS), como reflorestamento e restauração de biomas.

Financiamento Climático: Um Impasse a Ser Resolvido

O financiamento climático tem sido um ponto de discórdia desde a Eco-92. Para que os países em desenvolvimento possam adotar medidas de mitigação e adaptação, os países desenvolvidos deveriam destinar U$ 1,3 trilhão anuais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou propostas para facilitar a chegada desses recursos, mobilizando bancos de desenvolvimento e criando mecanismos inovadores.

O Brasil como Potência Verde e Tecnológica

O Brasil tem o potencial de se tornar uma potência verde e tecnológica na economia mundial. Além de possuir uma matriz energética predominantemente limpa, o país já demonstra capacidade operacional relevante no setor de petróleo e gás, com a reinjeção de milhões de toneladas de CO2 no pré-sal. A regulamentação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE) poderá fortalecer ainda mais o mercado de carbono e impulsionar o desenvolvimento de tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS).

A COP30 em Belém é uma chance imperdível para o Brasil demonstrar seu compromisso com a sustentabilidade e liderar a transição para um futuro mais verde e próspero.

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