A nadadora portuguesa Hannah Caldas foi suspensa por cinco anos pela Federação Internacional de Natação (World Aquatics) após se recusar a realizar um teste de verificação de sexo. A exigência do teste surgiu antes do 2024 Masters World Championships, onde ela competiria na categoria sênior feminina.
O que aconteceu?
Segundo a Federação de Natação de Nova Iorque, o teste foi solicitado para confirmar a conformidade com as regras de política de gênero da entidade. A nadadora, no entanto, recusou-se a fazer o exame, alegando que não é uma exigência nos Estados Unidos, onde reside.
A Defesa de Hannah Caldas
Hannah Caldas justificou sua recusa afirmando que seu seguro de saúde não cobriria o teste, pois não é considerado medicamente necessário. Ela também ressaltou que nenhum estado americano exige testes genéticos para eventos esportivos, nem mesmo a US Masters Swimming.
"Compreendo e aceito as consequências. Mas uma suspensão de cinco anos é o preço que tenho de pagar para proteger as minhas informações médicas mais íntimas. Fico feliz por pagar esse preço", declarou Hannah Caldas, defendendo também outras atletas.
Impacto da Decisão
Com a suspensão, todos os resultados de Hannah Caldas entre junho de 2022 e outubro de 2024 serão anulados, e ela estará impedida de competir até outubro de 2030. Aos 47 anos, Hannah Caldas é conhecida por seus recordes mundiais de remo indoor e por ter sido campeã em competições de crossfit.
A situação levanta questões importantes sobre privacidade, autonomia e os critérios utilizados para determinar a elegibilidade de atletas em competições esportivas femininas. O caso segue gerando debates acalorados no mundo do esporte.