A busca incessante de Diego Simeone por um lateral-esquerdo ideal para o Atlético de Madrid parece ter encontrado uma luz no fim do túnel, e de uma forma inesperada. Nos últimos anos, o treinador argentino enfrentou dificuldades para solidificar a ala esquerda, tanto na defesa quanto no ataque.
Na temporada passada, diversos jogadores foram testados na função de ala, incluindo Riquelme, Lino, Galán e Giuliano, sem que nenhum se firmasse. A solução encontrada foi a mudança para uma defesa de quatro jogadores, com o próprio Galán ocupando a lateral em algumas partidas importantes, alternando com Reinildo.
Para esta temporada, a chegada de Ruggeri também não convenceu totalmente Simeone. Galán também foi utilizado na posição, mas Hancko parece ter ganhado a preferência. Em uma partida contra o Vigo, a expulsão de Lenglet forçou o eslovaco a ocupar o centro da zaga, abrindo espaço para Nico González atuar na lateral.
Entretanto, foi na seleção argentina que Nico González realmente chamou a atenção. Lionel Scaloni, o treinador da Albiceleste, utilizou Nico como lateral-esquerdo em um amistoso, e o desempenho do jogador impressionou. Com a ausência de Almada por lesão, Nico se tornou o jogador mais regular na extrema esquerda do meio-campo. Scaloni o considera uma opção para contextos mais ofensivos.
No amistoso contra a Venezuela, Nico demonstrou solidez defensiva e eficiência no ataque. Ele venceu seis de sete duelos (86%), completou 19 de 21 passes (90%), gerou oportunidades para Lautaro e Giuliano, e não foi driblado em nenhuma ocasião.
Simeone, atento ao desempenho de seus jogadores na seleção, certamente observou o potencial de Nico González na lateral-esquerda. A combinação de Nico na lateral e Baena na extrema esquerda também foi testada, com o argentino fornecendo duas assistências e o espanhol deixando boas impressões.
Resta saber se Simeone apostará em Nico González como lateral-esquerdo no Atlético de Madrid. O jogador já demonstrou versatilidade e potencial para ocupar a posição, e a aprovação de Scaloni pode ser o incentivo que o treinador argentino precisava.