Mais de duas décadas após ser considerada suicídio, a morte do renomado jornalista e ativista Hunter S. Thompson será reanalisada pelo Colorado Bureau of Investigation (CBI), conforme anunciado pela agência nesta terça-feira em um comunicado à imprensa.
Thompson faleceu em sua casa em Woody Creek, Colorado, perto de Aspen, em 20 de fevereiro de 2005, vítima de um suposto ferimento autoinfligido por arma de fogo na cabeça. Ele tinha 67 anos.
A reabertura da investigação surge por sugestão do Gabinete do Xerife do Condado de Pitkin, que recebeu um pedido da esposa do jornalista gonzo, Anita Thompson, de acordo com o CBI.
"Entendemos o profundo impacto que Hunter S. Thompson teve nesta comunidade e além", disse o Xerife do Condado de Pitkin, Michael Buglione, em comunicado. "Ao trazer uma agência externa para uma nova análise, esperamos fornecer uma revisão definitiva e transparente que possa oferecer paz de espírito à sua família e ao público."
A CNN entrou em contato com The Gonzo Foundation, uma organização sem fins lucrativos fundada pela esposa de Thompson "para promover a literatura, o jornalismo e o ativismo político" através do legado de Thompson, para comentar.
Thompson é talvez mais conhecido por seu romance de 1971, "Medo e Delírio em Las Vegas: Uma Jornada Selvagem ao Coração do Sonho Americano", um relato semi-autobiográfico de como a contracultura da década de 1960 levou ao uso ilícito de drogas e álcool.
Thompson, que inspirou o termo "gonzo", é considerado um dos maiores expoentes do chamado "Novo Jornalismo", caracterizado pela subjetividade e pela imersão do autor na narrativa. Sua obra influenciou gerações de jornalistas e escritores, e seu estilo único continua a inspirar debates sobre os limites da objetividade no jornalismo.
Aguardemos os resultados da nova investigação para saber se haverá novas perspectivas sobre a morte deste ícone da cultura americana.