O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornou da Assembleia-Geral da ONU com um trunfo inesperado: a possibilidade de uma reunião futura com Donald Trump. Este encontro, mesmo que breve, pode ser crucial para negociações sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil.
Interação Surpreendente e Implicações Políticas
Segundo aliados, a passagem de Lula por Nova York foi considerada positiva, especialmente pela interação com Trump nos bastidores da ONU. Essa interação sinaliza que o governo brasileiro e o setor empresarial conseguiram acessar figuras-chave do alto escalão americano, superando o bloqueio articulado por figuras da oposição.
Lula se posicionou como um líder que não cede a pressões, mantendo um discurso de soberania e, ao mesmo tempo, abrindo caminho para o diálogo com os Estados Unidos. Um possível acordo na área tarifária pode aprofundar divisões na direita brasileira e influenciar as ambições presidenciais de figuras como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
O 'Abraço' que Virou Aperto de Mão
Uma curiosidade surgiu em relação ao encontro: Trump relatou que os dois chegaram a “se abraçar” durante os “39 segundos” na ONU. No entanto, Lula esclareceu a interlocutores que o cumprimento foi, na verdade, um aperto de mãos. Apesar da divergência, Lula confirmou que houve uma boa “química” com o americano.
Em entrevista coletiva, Lula descreveu a interação: “Eu encontrei com o presidente Trump, estendi a mão para ele, cumprimentei, e disse para ele que Brasil e Estados Unidos têm muita coisa para conversar.”
A passagem de Lula por Nova York, em contraste com sua viagem à China, não gerou repercussões negativas na imprensa ou nas redes sociais. Resta saber se essa abertura para o diálogo com Trump trará os resultados esperados para o Brasil.