MG Abalada por Escândalo de Corrupção na Mineração
Minas Gerais está no centro de um turbilhão de denúncias envolvendo fraudes em licenciamentos de mineração. A operação da Polícia Federal (PF) expôs um esquema de corrupção que pode ter causado sérios danos ambientais e prejuízos financeiros significativos.
Um ex-funcionário da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) declarou: "Não vou cair sozinho. Eu cumpria ordens", lançando luz sobre a complexidade do caso e a possível existência de uma hierarquia envolvida no esquema. A declaração sugere que as irregularidades eram sistemáticas e não ações isoladas.
'Pagou, Licenciou': A Regra Corrupta
Segundo fontes ligadas à investigação, a regra para a liberação dos licenciamentos era simples e alarmante: "Pagou, licenciou". Essa prática indica um processo de licenciamento viciado, onde a obtenção de licenças era condicionada ao pagamento de propina, comprometendo a avaliação técnica e os critérios ambientais.
- Exoneração no Iepha: O presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) foi exonerado após ser alvo da operação, o que demonstra a abrangência das investigações e o impacto do escândalo em diferentes órgãos do governo.
- Esquema de Corrupção: A operação da PF visa desmantelar um esquema de corrupção envolvendo mineradoras, que operavam de forma irregular, causando danos ao meio ambiente e burlando as leis.
- Impacto Ambiental: Uma mineradora obteve aval para retirar 3,6 milhões de litros de água em uma área seca, levantando sérias preocupações sobre a sustentabilidade e o impacto ambiental da atividade mineradora na região.
As investigações continuam para apurar a extensão dos danos causados e identificar todos os envolvidos no esquema de corrupção. A expectativa é que a operação da PF possa trazer à tona a verdade sobre as irregularidades e responsabilizar os culpados.