Mauro Cid Quebra o Silêncio! Livro Bomba e Fuga para os EUA?

O tenente-coronel Mauro Cid, beneficiado pelo acordo de delação premiada no contexto da trama golpista, está planejando um livro revelador sobre sua experiência como ajudante de ordens de Jair Bolsonaro e sobre o processo que culminou na condenação do ex-presidente. A obra promete trazer detalhes inéditos sobre os bastidores do governo e os eventos que levaram à acusação e condenação de Bolsonaro.

Memórias e Reflexões de um Ex-Ajudante de Ordens

Cid já acalentava a ideia de registrar suas memórias ao lado de Bolsonaro durante o período em que atuava na Presidência. No entanto, a alta demanda de trabalho o impedia de concretizar o projeto. Após sua prisão em maio de 2023, ele retomou a ideia e se dedicou à organização do livro, que pretende finalizar após a conclusão do processo judicial.

Fuga para os EUA?

Além do livro, Cid também considera a possibilidade de refazer sua vida nos Estados Unidos, onde residem seu irmão e sua filha mais velha. A decisão ainda depende do trânsito em julgado da ação sobre o plano de golpe e de uma resposta do Exército ao seu pedido de passagem para a reserva.

Amigos próximos aconselham Cid a deixar o país, após o longo período de exposição midiática. No entanto, o ex-ajudante de ordens cogita permanecer no Brasil caso surja uma oportunidade de trabalho na iniciativa privada como consultor.

Repercussão e Críticas

A concessão do benefício da delação premiada a Cid gerou fortes reações. Apoiadores de Bolsonaro o criticaram duramente, chegando a chamá-lo de traidor. Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente, ironizou a situação. Em contrapartida, Cid comemorou a decisão com sua família e amigos próximos.

A defesa de Cid já solicitou ao STF a extinção da punibilidade do militar, a retirada da tornozeleira eletrônica, o desbloqueio de seus bens e a devolução de seus passaportes, argumentando que ele já cumpriu a pena durante o período em que ficou preso preventivamente.

A colaboração de Mauro Cid foi crucial nas investigações que levaram à acusação e condenação de Bolsonaro e outros réus do chamado "Núcleo 1". Durante o julgamento, a defesa de Bolsonaro tentou desqualificar a delação de Cid, chamando-o de "mentiroso". No entanto, a colaboração foi validada pela maioria da Primeira Turma do STF.

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