As bolsas americanas estão de olho em novas máximas históricas nesta quarta-feira, impulsionadas pelas otimistas previsões de receita da Oracle (ORCL) e pelas expectativas em torno da Inteligência Artificial (IA). Enquanto Wall Street aguarda os dados de inflação no atacado, considerados improváveis de alterar as apostas de corte de juros, o mercado se mantém aquecido.
S&P 500 e Nasdaq Lideram a Alta
Os futuros do S&P 500 (ES=F) subiram 0,4%, enquanto os do Nasdaq 100 (NQ=F) também avançaram 0,4%, seguindo os recordes de fechamento. Já os contratos do Dow Jones Industrial Average (YM=F), que incluem menos ações de tecnologia, recuaram 0,2%.
Oracle Impulsiona a Inteligência Artificial
A Oracle surpreendeu Wall Street ao anunciar que sua receita de nuvem disparará graças a um grande aumento nas reservas do "quem é quem da IA". Suas ações saltaram mais de 30% no pré-mercado, apesar de uma perda trimestral nos lucros, em meio ao otimismo de que a construção da infraestrutura de IA – vista como combustível para os ganhos das ações – está finalmente ganhando ritmo.
Inflação no Radar: O Que Esperar?
A contagem regressiva está em andamento para uma verificação do pulso da inflação, com a leitura do índice de preços ao produtor (PPI) de agosto sendo divulgada ainda hoje. Os dados preparam o terreno para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) na quinta-feira, a última pista sobre as pressões de preços antes da reunião de política do Federal Reserve na próxima semana.
Impacto nos Cortes de Juros
Os dois relatórios fornecerão informações sobre se o aumento dos preços apresenta um obstáculo significativo para cortes de juros profundos ou sustentados – e se a "estagflação" representa uma ameaça real para a economia. No entanto, os traders de Wall Street não estão se preparando para uma grande reação das ações, já que os mercados se concentram nos dados do mercado de trabalho para avaliar o próximo movimento do Fed.
Uma revisão dos números de empregos nos EUA na terça-feira confirmou a fraqueza nesse mercado, consolidando a convicção de que um corte de juros em setembro está chegando e alimentando uma alta nas ações.