Uma descoberta revolucionária no campo da medicina brasileira promete trazer esperança para pessoas com lesão medular. Um novo medicamento, derivado de uma proteína extraída da placenta, a laminina, está sendo apontado como capaz de reverter os danos causados por lesões na medula espinhal e restaurar os movimentos do corpo.
A Descoberta da Polilaminina
A pesquisadora brasileira Tatiana Coelho de Sampaio, professora doutora da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), dedicou os últimos 25 anos ao estudo da laminina, uma proteína presente no sistema nervoso com grande potencial reparador e multiplicador. Essa pesquisa culminou na criação da polilaminina, um medicamento inovador apresentado pelo laboratório Cristália.
O medicamento tem demonstrado a capacidade de regenerar a medula espinhal em pacientes que sofreram rompimentos do órgão devido a acidentes, resultando em paraplegia (paralisia dos membros inferiores) ou tetraplegia (paralisia dos membros inferiores e superiores). Durante a fase experimental, pacientes que receberam a polilaminina diretamente na coluna vertebral apresentaram recuperação total, sem sequelas, e retomaram suas rotinas sem restrições.
O Caso de Bruno Drummond
Um exemplo notável é o de Bruno Drummond de Freitas, que sofreu um acidente de carro em 2018 e ficou tetraplégico. Após receber a polilaminina 24 horas após o acidente, Bruno se recuperou completamente e hoje não apresenta sequelas.
A Aprovação da Anvisa
O laboratório Cristália aguarda há quase três anos a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para iniciar um estudo clínico regulatório ampliado do medicamento. A aprovação da Anvisa é crucial para que a polilaminina possa ser disponibilizada para um número maior de pacientes e para que sua eficácia seja comprovada em larga escala.
A descoberta da polilaminina representa um avanço significativo na busca por tratamentos para lesões medulares e oferece uma nova perspectiva para pessoas que sofrem com a perda de movimentos. A expectativa é que, com a aprovação da Anvisa, o medicamento possa transformar a vida de milhares de brasileiros.