A possibilidade de prisão preventiva do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) por violência política de gênero contra a prefeita de Crateús (CE), Janaína Farias (PT), tem gerado grande repercussão. A Advocacia do Senado Federal protocolou o pedido, argumentando que Ciro continua a ofender Janaína, mesmo após o início de uma ação penal eleitoral movida pelo Ministério Público Eleitoral.
Entenda o Caso
O processo teve início em 2024, visando proteger Janaína Farias, que ocupou a vaga de Camilo Santana no Senado. Ciro Gomes já foi condenado em primeira instância a pagar uma indenização de R$ 52 mil à prefeita por declarações consideradas ofensivas, nas quais ele se referiu a ela como "assessora de assuntos de cama" e "cortesã".
Novos Ataques e Pedido de Prisão
A defesa de Janaína Farias alega que Ciro Gomes persistiu nos ataques, inclusive através de redes sociais. A Advocacia do Senado, atuando como assistente de acusação, considera que a ação penal não foi suficiente para dissuadir Ciro, justificando o pedido de medidas cautelares, incluindo a prisão preventiva, para garantir a segurança da vítima.
- Proibição de contato entre Ciro Gomes e Janaína Farias.
- Impedimento de aproximação a menos de 500 metros.
- Vedação de novas ofensas públicas.
- Comparecimento periódico em juízo por 90 dias.
A defesa argumenta que a continuidade dos ataques demonstra um comportamento persistente e cumulativo, justificando a necessidade de medidas mais severas para proteger Janaína Farias.
Repercussão
O caso tem gerado debates acalorados sobre a liberdade de expressão e os limites do discurso político, especialmente em relação à violência de gênero. A decisão da Justiça sobre o pedido de prisão preventiva é aguardada com grande expectativa.