A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), respondeu energicamente a um editorial do jornal O Estado de S. Paulo que atribuiu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a responsabilidade pela ascensão de Jair Bolsonaro ao poder em 2018. A crítica foi feita através da rede social X (antigo Twitter), onde Gleisi classificou a tese do jornal como algo que “ultrapassa todos os limites: da política, da história e até do bom senso”.
Segundo a ministra, a eleição de Bolsonaro está intrinsecamente ligada à prisão de Lula, que ela considera ilegal e que o impediu de concorrer quando liderava as pesquisas. Gleisi argumenta que Lula governou o Brasil de maneira oposta ao que o editorial do Estadão sugere.
Legado Econômico e Diplomático em Destaque
Gleisi Hoffmann não se limitou a criticar o editorial. Ela aproveitou para defender o legado econômico e diplomático dos governos Lula. A ministra destacou a redução do déficit primário de 2,3% do PIB em 2023 para 0,01% em 2024, além de lembrar os superávits consecutivos, a queda da dívida pública de 60% para 38% do PIB e o controle da inflação herdada em dois dígitos durante os dois primeiros mandatos de Lula.
Atuação Internacional e BRICS
No âmbito internacional, Gleisi ressaltou que Lula foi o único presidente brasileiro convidado dez vezes para as cúpulas do G7, liderou a criação do BRICS, fortaleceu o Mercosul e abriu 400 novos mercados para as exportações brasileiras. A ministra enfatizou que, entre 2003 e 2010, o país teve uma média de crescimento de 4,1% ao ano, chegando a 7,5% em 2010, tornando-se credor do FMI e acumulando US$ 300 bilhões em reservas internacionais.
A resposta de Gleisi Hoffmann demonstra a intensidade do debate político em torno da figura de Lula e seu legado, bem como a polarização que ainda marca o cenário político brasileiro.